No dia de ontem

Minh'alma é doutro tempo. Do tempo gerado pelas consciências do presente de quem não vivenciou as dores e as limitações dos seus antepassados. Mas que por isso, o idealizam: o tempo. Como se fosse ele a coisa mais presente na memória sem o experimento. Os ideais nos inflam e nos contentam quando não se materializam, e nos pululam de sentidos. Profusos, não táteis. Mas se bem pensado, talvez o intocável seja em si o mais tocável dos favores que a experiência da mente dentro de um corpo físico possa deter em si. Sem que haja o experimento da pele, sem que haja a dissidência do gozo. Enfim... Ainda embriagado de sentidos que me foram herdados de modo geracional, ainda torturado pelos equívocos da minha alicepatia. Ainda apaixonado por Paris, à meia noite!

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